Hábito comum ao isolamento social provocado pela Covid-19, compras pela internet seguirá em alta mesmo após o fim da quarentena
Previsão para o setor é otimista: 69 bilhões a mais de faturamento até 2024.
Quem decidiu comprar pela internet durante a quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus, vai seguir o hábito de consumo virtual mesmo com o fim do isolamento social e a consequente reabertura das lojas físicas. Ao menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela Kearney. De acordo com um estudo da consultoria global de gestão estratégica, a previsão para o e-commerce brasileiro é registrar expressivos, em um cenário base, R$111 bilhões em transações.
O valor médio calculado é 49% superior ao último ano, quando o registro foi de R$75 bilhões. Considerando um cenário mais conservador, o faturamento seria de R$103 (+37% em relação a 2019) bilhões, enquanto, em um ambiente otimista, o total alcançaria R$120 bilhões (+60%). Ainda segundo a projeção da Kearney, os comerciantes virtuais podem manter a boa expectativa para o setor: entre 2020 e 2024, são previstos R$69 bilhões em vendas adicionais, como conta Esteban Bowles, sócio da consultoria.
“O mercado brasileiro de comércio eletrônico já vinha registrando índices de crescimento maiores que o do varejo tradicional há alguns anos (…) A pandemia veio acelerar essa tendência, particularmente para algumas categorias, como alimentos, que no passado tiveram uma adoção menor”, disse, entrevista ao Portal E-commerce Brasil.
Neste cenário, a expectativa de crescimento do mercado online é de uma taxa de 17,3% ao ano. Ou seja, em 2024, o faturamento anual do e-commerce brasileiro seria, aproximadamente, R$211 bilhões, em um cenário macroeconômico. Já em uma perspectiva otimista, o valor alcançaria a marca de R$250 bilhões. De acordo com o estudo, as categorias Alimentação, Cuidados com Pets e Beleza & Cuidados serão as responsáveis por elevar as vendas, com projeção de aumento de 320% para 2024 (em comparação a 2019), totalizando R$15 bilhões em vendas em um cenário base. Em uma projeção otimista, o crescimento alcançaria R$22 bilhões.