Condomínios logísticos: economia para empresas e consumidores
Segundo Associação Brasileira de Logística, quem mais se adaptou, menos perdeu na crise provocada pela Covid-19.
De acordo com a Teoria da Evolução, de Darwin, a adaptação é descrita como o principal fator de sobrevivência em um determinado ambiente, já que, na seleção natural, resiste quem for mais apto às condições impostas. Assim como para o homem nas adversidades da natureza, o conceito pode ser aplicado às empresas, quando há um cenário de crise econômica. Quem reforça a afirmativa é a Associação Brasileira de Logística ao divulgar estudo informando que, quem mais se adaptou, menos perdeu na crise provocada pela Covid-19.
Com as medidas de restrições sociais, impostas para combater a proliferação do novo coronavírus, pode-se dizer que o setor logístico foi testado e apresentou resultados extremamente satisfatórios para atender o crescimento de demandas, oriundas da multiplicação de vendas pelo E-commerce. Um dos grandes responsáveis por isso foram os condomínios logísticos, tábua de salvação para empresas espalhadas por todo o país e que precisaram se organizar para o armazenamento e escoamento de seus produtos.
Durante a Live “Papo em Movimento”, promovida pela Intermodal South America, o presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog), Pedro Moreira, as empresas mais preparadas, com planejamento estratégico com foco em prevenção contra crises, saíram na frente na resistência à crise.
“Quem tinha esses dois aspectos estabelecidos, com certeza saiu na frente. O problema é que a grande maioria das empresas não possuía o hábito de realizar um planejamento preditivo, com análises de cenários futuros e de riscos que poderiam vir a surgir, até porque essa não era a cultura do nosso mercado. Mas agora, depois de tudo, isso veio à tona e essa prática está começando a pegar na logística brasileira”, afirmou o executivo, durante a transmissão ao vivo, elogiando, também, o processo colaborativo entre empresas para a melhora dos elos da cadeia logística.
“Tradicionalmente, o brasileiro e o latino-americano em geral tem uma grande dificuldade de colaborar com o próximo quando o assunto é o mercado empresarial e profissional. A pandemia mostrou que processos colaborativos podem melhorar a cadeia. O que mais vimos neste momento foram empresas ajudando umas às outras e superando os desafios juntas. Este foi o grande aprendizado desta crise”, concluiu.