A logística operada por drones vai vingar?

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Nos últimos anos, vemos  a tecnologia criando formas inovadoras de execução de trabalhos em diversos segmentos do mercado. Na logística, foi notícia em todo o mundo, por exemplo, que a Amazon testava o uso de veículos não-tripulados, como drones, para realizar entregas em alguns grandes centros americanos.

Dentro do meio da logística esta notícia criou um grande debate sobre como tal inovação poderia mudar estruturalmente o mercado, mudando principalmente as relações de oferta e demanda em postos de trabalho ocupados por profissionais da área. E por mais interessante que o debate possa ser, é importante sempre considerar diversos  aspectos dentro deste mesmo tópico.

Primeiramente, sabe-se que qualquer execução desta tecnologia está fora de um horizonte prático altamente escalável. Isto se deve ao custo de aquisição, manutenção e infraestrutura que atualmente uma rede de drones de entrega ainda pode custar a uma empresa. Os meios clássicos seguem sendo a forma mais segura de investimento em mobilidade e escoamento, neste sentido.

Além disso, a mobilidade de veículos não tripulados no espaço aéreo nacional e internacional ainda não é ponto pacífico na maior parte dos países. Em nações como os EUA, aonde a decisão jurídica compete a cada estado, o imbróglio pode ser mais demorado ainda.

No entanto, em um longo prazo, o drone pode sim se tornar uma grande solução de transporte logístico, principalmente quando se trata de entregas. A tendência da tecnologia é se tornar cada vez menos onerosa, tanto em infraestrutura recorrente, quanto no investimento em uma “frota”.

O fato de não ser tripulado de fato gera menores custos com pessoal, mas isso não quer dizer que postos de trabalho sejam perdidos. Na maior parte dos casos, eles são realocados em novas profissões, demandadas pelas inovações.

Por fim, os drones parecem ser, num horizonte ainda distante, uma importante força motriz no futuro da logística. Em uma análise ampla, os veículos não tripulados tendem a ser fortes vetores na mobilidade, em geral. Aqui, não é diferente. Viveremos muitas mudanças nos próximos anos. 

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