Em dólar, frete tem alta de mais de 500%
Em um diagnóstico sobre o aumento no preço do frete, a CNI analisou a alteração de valores para cada contêiner que chega ou sai do país.
Frete mais caro parece ser o destino das entregas no Brasil para o último trimestre do ano. Ao menos é o que apontam os dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em um diagnóstico sobre o aumento no preço do frete, a CNI analisou a alteração de valores para cada contêiner que chega ou sai do país e constatou que, considerando os meses de janeiro de 2020 e setembro de 2021, o preço – em dólar – do frete de um contêiner chega a 433%, se o destino for os Estados Unidos. Já se o destino for a costa brasileira, a alta chega a incríveis 510%, considerando o mesmo período.
Ainda de acordo com a CNI, no levantamento com 128 empresas e associações industriais, consequentemente, o preço do frete para importações também explodiu: cada contêiner que chega da Ásia ao Brasil, por exemplo, registrou um aumento de 446% entre o mesmo período. Segundo informações reveladas, 76% dos pesquisados informaram aumento no valor do frete de exportação. Já 70% sofreram pela falta de contêineres ou de navios no período, enquanto 65% sofreram por cancelamento, serviço irregular ou suspensão de escala.
Para evitar o agravamento da crise, representantes da Confederação Nacional da Indústria promoveram uma reunião com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). No debate sobre o assunto, a CNI apresentou uma série de medidas que precisam ser tomadas para a redução dos danos, gerando mais eficiência aos controles aduaneiros e agilizando a liberação das cargas, além de padronização das taxas dos terminais portuários e a eliminação da cobrança pelo escaneamento de contêineres.