Mesmo em meio do grande crescimento no último ano, parte do E-Commerce ainda lida com desconfiança
Consumidores mais conservadores apontam dois maiores obstáculos: não ter um funcionário para tirar dúvidas e não confiar em fornecer dados pessoais.
Na contramão do crescimento do E-commerce, que conquistou consumidores de todas as idades no ano passado – principalmente por conta do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus – itens do chamado FMCGs (Fast moving consumer goods) ainda lidam com a desconfiança de parcela do público. Os itens, que contemplam bens não duráveis, como alimentos embalados, bebidas, artigos de higiene pessoal, medicamentos de venda livre e outros artigos rapidamente consumíveis – são comprados por apenas 49% dos consumidores virtuais.
De acordo com o levantamento Consumer Insights, produzido pela Kantar, as vendas dos FMCGs estiveram abaixo do esperado em 2020, conquistando apenas 9,4% de penetração. O estudo revela que os maiores desafios estão diretamente ligados à desconfiança dos clientes, que apontaram o fato de não ter um funcionário para tirar dúvidas sobre o produto e a falta de segurança em fornecer dados pessoais, durante o processo de compra, como os principais fatores para a não realização da transação.
44% dos entrevistados apontaram que, se o mecanismo contasse com um funcionário para tirar as suas dúvidas, comprariam mais itens da categoria. Já segundo 33% de quem respondeu à pesquisa, o processo não passa a devida confiança para envio de dados pessoais. Já para 19% dos respondentes, pouca variedade entre os produtos oferecidos impedem a compra. Por último, 16% não efetuam a transação por medo do atraso nas entregas. A pesquisa realizada pela Kantar percorreu todos os estados do país.