Mesmo com reabertura das lojas físicas, e-commerce segue como preferência dos consumidores
Pesquisa revela que 72% dos compradores pretendem seguir comprando online.
Quem pensou que o expressivo número de vendas online era uma febre que baixaria com a “reabertura” das lojas físicas – assim que os prefeitos autorizassem o retorno de shoppings e comércios de rua – se enganou redondamente. Os números indicam que nada mudou e, se depender da percepção do público, as vendas em e-commerces seguirão em alta daqui para frente. Ao menos é o que indica o relatório Future Shopper Report 2021, produzido pela Wunderman Thompson. O estudo, em parceria com a Enext, apontou que 72% dos consumidores pretendem seguir comprando online, mesmo com a opção de ir às ruas.
Outro número relevante apontado no estudo é que 73% dos consumidores brasileiros afirmam que o e-commerce ganhou ainda mais importância para eles em 2021. Em entrevista ao portal E-Commerce Brasil, o CEO da Enext, Gabriel Lima, revelou que as vendas online vêm registrando números históricos desde o início da pandemia do novo coronavírus.
“Mesmo com o mercado físico varejista aquecendo novamente, esses números continuam bastante sólidos. Antes da pandemia, o percentual estava na casa de 42% das intenções de compras no mercado online. No pico da crise sanitária, esse número chegou a 64% e hoje o índice é de 55%. Ou seja, são 13 pontos percentuais de aumento na intenção de compra online em comparação ao momento pré-pandêmico. É uma elevação muito maior do que a média encontrada na América Latina, bem como na Europa e até na própria Ásia, onde o mercado atualmente é bem mais maduro”, afirmou o executivo, complementando que os números brasileiros são expressivos também em comparação com outros e-commerces do mundo.
“Isso evidencia o Brasil como um mercado mais maduro após a pandemia. Assim, podemos crer que as estratégias brasileiras estão começando a ficar mais alinhadas com nações que já possuem o comércio eletrônico como um canal consolidado como Reino Unido, Estados Unidos e China”, concluiu.