Sites e apps estrangeiros conquistam 65% dos consumidores brasileiros
Conhecido como e-commerce cross border, modalidade conquista cada vez mais adeptos no país.
Um paradoxo: o aumento de vendas do e-commerce brasileiro também provocou a concorrência, já que os consumidores também passaram a explorar o sistema de vendas virtuais de outros países. É o que aponta o estudo “O consumidor brasileiro e suas compras no E-commerce Cross Border (2ª edição)”, trabalho realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Opinion Box, registrando que 65% de quem compra online no Brasil passaram a utilizar mais sites e aplicativos estrangeiros nos últimos 12 meses.
O chamado e-commerce cross border só perdeu a preferência de 35% dos entrevistados, que informaram declínio em compras virtuais de sites internacionais por conta da economia (motivo alegado por 52% dos declinantes). De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Eduardo Terra, o e-commerce brasileiro precisa ser otimizado para não deixar de ser competitivo frente ao concorrente estrangeiro.
“O e-commerce brasileiro precisa estar ainda mais atento à concorrência com sites/lojas estrangeiros, pois o consumidor não vê as fronteiras e o tempo de espera pela entrega como barreiras tem diminuído bastante”, disse o executivo. A SBVC informou ainda que a maioria das compras em e-commerces de fora do país foi feita em aplicativos (70%) e que o prazo de entrega foi respeitado, segundo 87% dos entrevistados. A entidade aponta ainda que 85% dos compradores não se importam em esperar até 45 dias para receber a encomenda.
Entre os produtos mais vendidos no e-commerce de fora do país estão: Eletrônicos (36%), Beleza (29%), Acessórios Femininos (29%) e Acessórios para smartphone (29%). “Shopee” (29%) foi o site preferido pelos consumidores, seguido pela Amazon (25%) e pelo AliExpress (18%). O estudo mostra ainda que o consumidor gastou mais em compras internacionais, já que o tíquete médio foi de R$482,00, valor 7% acima do tíquete médio do e-commerce brasileiro.