Brasileiros leram e compraram mais livros na pandemia
Com registro de 14,2 milhões de vendas online, categoria registrou aumento de 44%.
A pandemia do novo coronavírus, instalada no Brasil desde março do ano passado, provocou a mudança de uma série de hábitos dos brasileiros. E um importante dado se deu, principalmente, durante o período de isolamento social: passamos a ler mais. Ao menos é o que indica uma pesquisa da Neotrust/Compre&Confie sobre hábitos de consumo em e-commerce em 2020. De acordo com o estudo da empresa de inteligência de mercado, nos doze meses analisados, foram realizadas, nada mais nada menos que, 14,2 milhões de compras online no setor de literatura.
O número representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior ao analisado, em 2019. No entanto, a expressiva alta no número de pedidos não acompanhou a variação no faturamento. Isto porque a alta em reais foi de apenas 4%, chegando a R$ 2,1 bilhões consumidos na categoria. Já o tíquete médio, caiu 28% no comparativo, passando de R$ 203,38 para R$ 147,23. Em entrevista ao Diário do Comércio, o CEO da Neotrust, Fabrício Dantas apontou que o aumento das vendas expressou a busca do brasileiro por entretenimento para enfrentar o período inesperado dentro de casa.
“No ano passado, os brasileiros precisaram buscar alternativas para se distrair passando mais tempo em casa por conta da quarentena, isso reflete no aumento dos pedidos online realizados nesta categoria. De março a maio, primeiros meses da pandemia, as compras tiveram aumento de 52% em relação ao mesmo período em 2019”, contou à publicação.
Em relação ao perfil dos consumidores, as mulheres foram as que mais compraram livros: 59% contra 41% dos homens. Em relação à idade, a faixa etária média do leitor brasileiro é de 38 anos. No detalhado, destaque para jovens entre 26 e 35 anos, com 31%, bem como para os leitores acima de 51 anos, com 16%, seguidos pelo grupo de até 25 anos, parcela relativa a 15% do público. O Sudeste lidera em relação às regiões, com 64,3% das compras, seguido por 13,7% do Sul, 12,7% do Nordeste, 5,4% do Centro-Oeste e 3,8% do Norte.