Retomada econômica: 63% dos empresários projeta investimentos em 2021
Otimismo foi registrado pelo Sebrae, que entrevistou mais de 6 mil empresários em todo o país.
A retomada da Economia no Brasil é logo ali. Ao menos no que depender de uma pesquisa divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) que apontou a intenção de 3.866 empresários em investir no próprio negócio em 2021. O número representa 63% dos 6.138 donos de micro e pequenas empresas no Brasil, em entrevistas realizadas em novembro do ano passado em todo o território nacional que, de acordo com os dados, pretendem alavancar os negócios pegando carona na chegada da vacina do novo coronavírus no Brasil e a projeção de contenção da pandemia que impactou a economia em 2020.
De acordo com o levantamento do Sebrae, os empresários informaram, durante as entrevistas, a intenção de aplicar recursos em divulgação, modernização de processos e produtos, ampliação da oferta de serviços e produtos, bem como otimização do atendimento e da capacidade produtiva. No entanto, vale ressaltar que 27% dos donos de micro e pequenas empresas lamentam não ter condições de realizar investimentos em 2021, enquanto 10% prioriza guardar dinheiro para eventuais emergências em vez de aplicar em inovações no negócio.
Durante o auge da pandemia da Covid-19, muitos empresários implementaram inovações em seus negócios para combater os problemas provocados pela incidência da doença como, por exemplo, a imposição do isolamento social e o fechamento temporário de lojas físicas. As informações da pesquisa apontam que, entre setembro e novembro de 2020, o número de empresas que passaram a oferecer novos produtos e serviços pulou de 39% para 43%. Em entrevista, o presidente do Sebrae, Carlos Melles
afirmou que o período complicado para os negócios provocou a criatividade dos empresários para saírem da crise.
“A pandemia trouxe o censo da necessidade da precaução para a rotina dos empresários, uma postura que passa a fazer parte do dia a dia dessas empresas. Acreditamos que esta foi uma lição que veio para ficar”, afirmou o representante do órgão. Vale ressaltar que, no mesmo período analisado, pulou de 67% para 70% o percentual de empresas que passaram a vender pela internet, principalmente pelo WhatsApp (84%), Instagram (54%) e Facebook (51%), contra o crescimento de 18% para 23% em sites de e-commerce próprios.