Aumento no combustível compromete frete gratuito em compras online

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O frete grátis e as entregas rápidas – em até 24h – em compras feitas em e-commerces brasileiros estão com os dias contados. Ao menos é o cenário que se desenha e foi divulgado pelos principais sites de compras do país. Em entrevista ao Estadão, a diretora executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), Marcella Cunha, contou que o cenário é de imprevisibilidade e que a entrega rápida e o frete gratuito devem diminuir, porque estão cada vez mais caros.

Ainda de acordo com Marcella, “hoje, 40% dos custos de um operador logístico são dedicados ao combustível. Dependendo da distância, chega a 60%”. O operador logístico não consegue absorver esse custo e precisa repassar para os clientes.” A opinião da executiva é compartilhada por outros representantes do setor varejista. Ainda ao jornal Estadão, Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail e especialista em varejo, disse que o varejo enfrenta um dos piores cenários dos últimos anos.

“Não é só o aumento dos combustíveis. Estamos passando por um ajuste importante e saudável que vai amadurecer o mercado, levando a um maior rigor nas políticas comerciais”, contou Serrentino. E o alerta já pode ser visto nos grandes e-commerces: se antes o frete grátis para compras em supermercado no Mercado Livre eram a partir de R$79, hoje, o valor é de R$199. O aumento também pode ser observado no serviço Prime da Amazon, que subiu de R$9,90 para R$14,90 no plano mensal. No Magazine Luiza, o frete grátis vale apenas para quem compra pelo aplicativo da marca, mas não é válido para todos os produtos. A Via, responsável pelas Casas Bahia e Ponto, não emitiu nota sobre o frete grátis. Somente a Americanas S.A. afirmou seguir com frete grátis e entregas rápidas.

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